A Prefeitura de Parapuã, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, estará criando o Laboratório de Leishmaniose Municipal para agilizar exames de triagem em cães suspeitos da doença.
Segundo a veterinária do município, Ana Carolina Modesto Morato, Parapuã é considerada uma área de transmissão da Leishmaniose por possuir a presença do mosquito infectado, casos caninos e humanos diagnosticados.
“Parapuã realizará nos meses de abril a julho deste ano o inquérito de investigação da doença, onde serão coletados amostras de sangue de todos os cachorros da cidade. Os resultados positivos farão um exame confirmatório no Instituto Adolfo Lutz de Marilia, só com a confirmação neste exame, o animal poderá ser sacrificado”, explica.
Antes e depois deste período está a disposição dos cidadãos o exame parasitológico, que é realizado em animais sintomáticos ou suspeitos, basta o proprietário entrar em contato pelo telefone 3582-1358 e agendar seu exame”, explica. Deve-se suspeitar de todo animal que possuir 2 ou mais sintomas da doença, sendo eles: emagrecimento, descamação da pele, queda de pelos, tristeza e apatia, olhos remelentos e unhas grandes. A maioria dos animais não apresenta sintomas logo ao se infectarem.
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença transmitida pelo Mosquito-palha (Lutzomia longipalpis), e a transmissão ocorre quando fêmeas infectadas do inseto picam animais infectados e depois o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi. A leishmaniose visceral humana, se não tratada a tempo, mata.
A maneira mais eficaz de proteger o cão é evitar picadas, por isso é recomendado utilizar coleiras impregnadas com Deltametrina a 4%, devendo ser utilizadas em todos os animais, mesmo aqueles que tiverem sido vacinados.
A vacina pode ser feita em cães maiores de 4 meses sem sintomas de Leishmaniose e que tiverem resultado sorológico negativo. Atualmente existe apenas uma vacina autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério da Saúde, a LEISH-TEC da empresa Hertape Calier Saúde Animal. “Vale ressaltar que a proteção conferida pela vacina é de 96,41%, ou seja, não é 100%, podendo o animal vacinado contrair a doença”, explica a veterinária.
Medidas simples de limpeza de quintais e terrenos, eliminação de resíduos orgânicos do solo, entrada de luz solar, redução de umidade do solo e afastamento dos abrigos dos animais domésticos das casas podem ajudar a diminuir a proliferação de insetos.