O Comitê Gestor Inter-Regional de Atenção às Urgências realizou na manhã desta quarta-feira, dia 12, reunião em Tupã para definir e esclarecer os problemas relacionados à implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Nova Alta Paulista. De acordo com a Prefeitura de Adamantina, nada foi definido e um novo encontro entre prefeitos deve ser marcado nos próximos dias.
Segundo o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Diego Fazardo Maranha de Souza, que acompanha o caso há mais de três anos, o assunto chegou a uma "saturação". “Foram apresentadas as situações econômicas dos municípios, que apontam ter dificuldades financeiras para implantá-lo. Porém, esperamos que o sistema previsto inicialmente seja readequado para que atenda as necessidades. Caso não haja consenso, as cidades terão que devolver as ambulâncias”, comenta.
O MPF exigiu na Justiça que os municípios definam pela implantação ou não dos serviços na região, que devem atender uma população de quase 250 mil habitantes, até 30 de março. “Esperamos uma posição definitiva. Caso desistam do projeto, será feita uma averiguação das consequências materiais para, só assim, definir os próximos passos”, diz.
 
Amnap
De acordo com o prefeito de Parapuã, Samir Alberto Pernomian (PP), que representou a Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (Amnap), o encontro permitiu um andamento na questão. “A maioria dos municípios não consegue arcar com os gastos. O prazo é curto, mas estamos tentando solucionar tudo", afirma.
A instalação do Samu em cidades como Pacaembu, Adamantina e Parapuã, é uma das questões priorizadas pela administração atual da Amnap. Segundo a presidência do órgão, o custo médio para a implantação nas cidades é de R$ 1,07 por habitante, com variações para aquelas cidades qu possuem serviço avançado.